27/08/2016

Fobias


Clínica Humana

Uma fobia é um medo persistente de um objeto, animal, situação ou atividade. Este medo é tão intenso que a pessoa pode evitar qualquer situação em que possa estar exposta à causa do medo. Alguns tipos comuns de fobias são:
  • Fobia específica: essas são fobias restritas a situações altamente específicas tais como proximidade a determinados animais, altura, trovão, escuridão, voar, espaços fechados, urinar ou evacuar em banheiros públicos, comer certos alimentos, dentistas, visão de ferimento ou sangue e medo a exposição de doenças especificas. Ainda que a situação desencadeante seja delimitada o contato com ele pode evocar pânico. Fobias específicas surgem usualmente na infância ou cedo na vida adulta e podem persistir por décadas se permanecerem sem tratamento. A seriedade do prejuízo resultante depende de quão fácil é para o paciente evitar a situação fóbica. Doença por radiação e infecções venéreas e, mais recentemente, AIDS são temas comuns de fobias de doença.

  • Fobia social: a fobia social é caracterizada pelo medo exagerado de parecer envergonhado ou desprezado em situações sociais, tais como falar em público, aproximar-se de outras pessoas, ou de fazer atividades corriqueiras (como comer ou preencher um cadastro) na frente de outras pessoas.

  • Agorafobia: esse termo é utilizado para incluir medos não apenas de espaços abertos, mas também de phpectos relacionados tais como presença de multidões e a dificuldade de um escape fácil e imediato para um local seguro. O termo, portanto, refere-se a um grupamento inter-relacionado e frequentemente sobreposto de fobias que abrangem medos de sair de casa, medo de entrar em lojas, multidões e lugares públicos ou de viajar sozinho em trens, ônibus ou aviões
Embora a gravidade da ansiedade e a extensão do comportamento de evitação sejam variáveis, esse é o mais incapacitante dos transtornos fóbicos e alguns pacientes tornam-se completamente confinados ao lar; muitos são aterrorizados pelo pensamento de terem um colapso e serem deixados sem socorro em público. A falta de uma saída imediatamente disponível é um dos aspectos chave de muitas dessas situações agorofóbicas. A maioria dos pacientes é do sexo feminino e o início é frequentemente no início da vida adulta. Na ausência de tratamento eficaz, a agorafobia frequentemente se torna crônica, embora usualmente flutuante.

As causas dos transtornos de ansiedade são múltiplas, envolvendo influências genéticas, familiares e ambientais.
O tratamento dos transtornos de ansiedade envolve o uso de medicamentos. Normalmente são utilizados ansiolíticos, medicamentos que causam redução rápida da ansiedade, e os antidepressivos, para obter resultados a médio e longo prazo. Pode parecer curioso que os antidepressivos sejam utilizados no tratamento de múltiplas doenças.

Muitos medicamentos que foram inicialmente desenvolvidos para o tratamento da depressão são úteis no tratamento de outras doenças, como os transtornos de ansiedade, pois há diversos neurotransmissores que estão envolvidos na gênese dos dois grupos de doenças e alguns medicamentos utilizados no tratamento da depressão também são utilizados no tratamento dos transtornos de ansiedade.



Por Katia Yoza, CRMSP 90.521, médica graduada pela Faculdade de Medicina de Marília e pós-graduada pela Universidade Federal de São Paulo. 

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