25/09/2019

Setembro Amarelo

O suicídio encontra-se entre as 10 primeiras causas de morte, sendo que para cada suicídio ocorreu 11 tentativas sem sucesso.

Cerca de 10% de todas as tentativas são mortais.
Saiba que  mais de metade das pessoas que se suicidaram estavam deprimidas e que sua intenção é parar a sua imensurável dor psicológica e não por fim à sua vida.

MITO: As pessoas que falam sobre suicídio não vão realmente cometê-lo, só querem chamar atenção, não devem dar importância.


VERDADE: É essencial estar atento ao que a pessoa diz - o fato de falar em suicídio é um sinal de alerta.
É um pedido de ajuda, uma forma de comunicar o seu sofrimento e não apenas uma chamada de atenção.


Setembro Amarelo, porque falar de suicídio é a melhor opção
Setembro Amarelo, mês de prevenção do suicídio
É importante aceitar, compreender e valorizar o que a pessoa sente e ajudá-la a procurar tratamento.

Escrito pela psiquiatra Dra. Katia Yoza.

19/02/2019

Ar-condicionado e ventilador podem ocasionar danos à saúde

Se você não abre mão de ligar o ar-condicionado ou ventilador no dia a dia, saiba que é preciso tomar alguns cuidados para que o bem estar momentâneo não resulte em um problema de saúde mais grave. A manutenção e a limpeza inadequada dos equipamentos pode acarretar problemas nas vias aéreas, além de desencadear doenças respiratórias como rinite, sinusite e pneumonia.

         Aberturas, tubulações e filtros sujos, além de uma má manutenção, provocam a liberação de mofo, sujeiras, bactérias e outros contaminantes no ar. Além disso, sem a manutenção do ar-condicionado frequente é comum que elementos incomuns se acumulem dentro do equipamento como pólen e pesticidas.

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Atualmente, o maior perigo de um aparelho de ar-condicionado sujo é a presença da Legionella pneumophyla, bactéria que habita os dutos, torres de refrigeração de água e bebedouros. Ela é responsável pela legionelose, que pode se manifestar como um tipo grave de pneumonia ou febre de Pontiac. No maior caso registrado de infecção por esta bactéria no mundo, 34 pessoas foram infectadas, resultando em duas mortes.

Por isso, para extrair o potencial máximo do seu ar-condicionado, diminuir custos e evitar doenças, a manutenção do equipamento é fundamental. A limpeza periódica com uma empresa especializada é a principal medida para evitar problemas respiratórios, impasses com o equipamento e economizar energia elétrica.

No caso do ventilador, é possível limpa-lo em casa. Depois de desencaixar a grade, use apenas um pano macio umedecido com água, ou água e sabão neutro, para limpar a hélice. Não utilize produtos abrasivos para não danificar sua aparência. Lave a grade frontal com água, sabão e uma esponja. Seque-a com um pano e encaixe novamente na peça. Para limpar o motor e a base, utilize apenas um pano macio umedecido com água. Nunca lave com água o bloco motor do aparelho, pois isso poderá danificar a peça. Vale lembrar que a base também não pode ser lavada, porque pode causar problemas elétricos no interruptor e no cordão com plugue.

05/02/2019

Dia da Mamografia: exame é a melhor forma de salvar vidas

Estudo sueco publicado recentemente na Revista Câncer por Tabar e Cols (1) revelou que mulheres que realizam mamografia morrem menos do que àquelas que não fazem o exame rotineiramente. Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Antonio Frasson, afirma que o estudo vem oferecer uma resposta confiável para esta importante pergunta: se uma mulher realizar mamografia regularmente, quanto esta escolha aumentará suas chances de evitar sua morte por câncer de mama em comparação com aquelas que não optaram por não realizar mamografia regularmente?


Segundo o estudo, nas mulheres diagnosticadas com câncer de mama e que realizavam a mamografia periodicamente, a redução da mortalidade por esta doença foi de 60% em 10 anos após o diagnóstico, se comparada àquelas que não realizaram o exame regularmente. O levantamento mostrou ainda que a redução da mortalidade por esta doença foi de 47% em 20 anos após o diagnóstico se comparada com aquelas que não realizaram o exame rotineiramente.

De acordo com Frasson, essa diferença é atribuída à detecção precoce e tratamento em uma fase inicial da história natural do câncer de mama entre as mulheres que realizavam mamografia regularmente. Apesar dos avanços no tratamento (radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia), as mulheres que participaram do rastreamento mamográfico tiveram a vantagem adicional da detecção precoce e receberam um beneficio muito maior com uma terapia menos agressiva e menos mutiladora do que as mulheres que não participaram. “Embora tenha sido dada muita atenção aos potenciais danos da participação de rastreamento mamográfico regular, pouca atenção foi dada aos danos de não participar do rastreamento regular”, afirma o mastologista.

Para ele, o maior dano é o aumento significativo do risco de morte por câncer de mama. Além disso, as mulheres que optarem por não participar do rastreamento terão uma taxa significativamente maior de câncer de mama avançado, com necessidade de cirurgias mais extensas, ocorrerão maior risco de linfedema, radioterapia e quimioterapia mais agressivas. “Estas mulheres experimentam efeitos físicos e cognitivos adversos significativos e duradouros”, diz o médico, acrescentando que para cada morte por câncer de mama evitada pelo rastreamento mamográfico, uma mulher será poupada dos estágios terminais da doença e ganhará uma média de 16,5 anos de vida.

Já Heverton Amorim, que é coordenador da Comissão de Imagem Mamária da SBM, afirma que não são poucos os estudos que reforçam a importância da mamografia para o diagnóstico precoce, muitas vezes questionada no Brasil. “Cada região tem a sua peculiaridade, mas é inegável que o rastreamento mamográfico de qualidade é determinante para o diagnóstico precoce e que as mulheres têm grande benefício com ele. Apesar do país ainda não contar com uma política mais severa para realizar o rastreamento, o mastologista tem um papel importantíssimo, pois realiza o rastreamento oportuno, podendo ainda individualizar o rastreio para suas pacientes. Aqui no Brasil contamos com um grande número de mastologistas que estão habilitados para realizar a leitura apropriada da mamografia”, ressalta ele, completando que a amostra do estudo é altamente relevante e por um período significativo.

Para Amorim, o estudo é mais uma comprovação quanto à eficácia do exame na luta pelo diagnóstico precoce que, consequentemente, aumenta a possibilidade de cura e diminui a mortalidade, associados aos avanços da terapia adjuvante na era moderna. “Acreditamos que é hora de focar a atenção na combinação de diagnóstico e terapia, em vez de vê-los como independentes ou pior como interesses concorrentes”, alerta.

Neste dia 5 de fevereiro, Dia da Mamografia, a Sociedade Brasileira de Mastologia preconiza a realização da mamografia anualmente para as mulheres a partir dos 40 anos. “Na realidade brasileira esse rastreamento é primordial”, diz o presidente Antonio Frasson, acrescentando que uma das bandeiras da entidade é apoiar a mulher no acesso à mamografia de qualidade, diagnóstico preciso e tratamento rápido.

O ESTUDO

O estudo é apontado como de suma importância por incluir todas as mulheres com idade entre 40-69 anos em determinada região da Suécia, durante 39 anos do período de rastreamento (1977-2015). Além disso, também avaliou o período pré-rastreamento (1958-1976), permitindo comparações contemporâneas e históricas da taxa de morte por câncer de mama entre as mulheres na era pré-rastreamento e pós-rastreamento com mamografia totalizando 58 anos de avaliação.

Outro ponto crucial é o fato de a pesquisa usar uma nova metodologia para avaliar o impacto do rastreamento mamográfico, no qual foi calculada a incidência anual de câncer de mama fatal dentro de 10 anos e 20 anos, após o diagnóstico e comparando as mulheres que realizavam a mamografia regular com as que não realizavam. O estudo usou a incidência de câncer fatal com acompanhamento em longo prazo praticamente eliminando o viés de comprimento e reduzindo o viés de lead time.

Os resultados do estudo podem ser utilizados para a realidade brasileira.


1. Cancer.2019 Feb 15;125(4):515-523. doi: 10.1002/cncr.31840. Epub 2018 Nov 8.

The incidence of fatal breast cancer measures the increased effectiveness of therapy in women participating in mammography screening.

Tabár L1, Dean PB2, Chen TH3, Yen AM4, Chen SL4, Fann JC5, Chiu SY6, Ku MM3, Wu WY7, Hsu CY3, Chen YC8, Beckmann K9, Smith RA10, Duffy SW11.

21/01/2019

Clínica Humana apoia Janeiro Roxo

A data principal desse período é 27 de janeiro, Dia Nacional de Prevenção e Combate da Hanseníase.


No Brasil, a hanseníase ainda é uma enfermidade comum. Em termos mundiais, o país é o segundo em casos da doença, com cerca de 30 mil novas vítimas a cada ano. Esse número pode ser ainda maior, já que a hanseníase muitas vezes é detectada tardiamente e pode deixar sequelas incapacitantes.

Para aumentar a visibilidade do tema e estimular o diagnóstico precoce, janeiro foi eleito como o mês de conscientização sobre a hanseníase. Conhecido como Janeiro Roxo, a campanha é apoiada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), por intermédio do Departamento de Hanseníase.

O objetivo é contribuir para o controle da doença com a divulgação e orientação dos médicos junto aos pacientes, convocando a população para participar das ações e explicando a importância do tratamento na fase inicial da doença.

Um vídeo com paciente adequadamente tratado e curado faz parte da campanha promovida pela SBD. No filme, veiculado pelo Espaço Itaú de Cinemas durante todo o mês de janeiro, Nilson dos Anjos (Canário), de 60 anos, conta que teve hanseníase, e após seguir o tratamento recomendado, hoje tem uma vida saudável. O tratamento da hanseníase – que tem cura – é feito com medicamentos disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


A campanha da SBD também será divulgada em diferentes rádios do país, com destaque para os estados mais acometidos pela doença, além das redes sociais, jornal institucional, boletim e site, para esclarecer a população sobre como se transmite, como identificar os sintomas e como realizar o tratamento adequado.

O que é?
A hanseníase é transmitida por um bacilo por meio do contato próximo e prolongado entre as pessoas. Por atacar os nervos, o paciente pode ter diminuição da sensibilidade à dor, ao calor, ao frio e ao toque, além de apresentar manchas esbranquiçadas ou avermelhadas em qualquer parte do corpo.

A entidade mantém uma página com informações sobre a doença: http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/hanseniase/9/.

Ao suspeitar dos sintomas, procure uma unidade de saúde da família mais próxima ou um dermatologista nas unidades de saúde do SUS e, também, aqui no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

24/09/2018

O que leva uma pessoa a cometer suicídio?

O que leva uma pessoa a cometer o suicídio é principalmente a dor de viver. Ela não suporta a angústia de viver com essa dor. No fundo, as pessoas não querem se matar, elas querem evitar a dor. O que move as pessoas nessa direção não é a morte, mas a própria vida, não suportar viver com sofrimento e dor.

Em 90% dos casos, os suicídios estão associados a patologias de ordem mental e são diagnosticáveis e tratáveis. Os problemas mentais mais associados ao suicídio são transtornos de humor (depressão), dependência de álcool e outras drogas (lícitas ou ilícitas), esquizofrenia e transtorno de personalidade.

É importante buscar serviços de saúde mental (psiquiatra e psicólogo), linhas telefônicas de ajuda, como o Centro de Valorização da Vida (CVV). Além disso, o acolhimento é fundamental. É preciso saber ouvir. Poder escutar quem o procura nessa situação. E isso não vale apenas para o profissional de saúde. Todos os que estiverem por perto devem permitir que a pessoa fale de sua dor, expresse o seu sofrimento sem ser julgado.




Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é caso de saúde pública. Sendo assim, a sociedade precisa ser informada. O suicídio precisa deixar de ser um tabu, um assunto invisível, ausente, sobre o qual preferimos não falar.

Escrito pela psiquiatra Dra. Katia Yoza.

04/08/2018

Diagnóstico do Câncer de Mama

Jordana Bessa  - Mastologia Guarulhos


O câncer de mama é a principal malignidade entre as mulheres, depois do câncer de pele. Cerca de 1 em cada 8 mulheres irá desenvolver a doença em algum momento da vida.

A mamografia não tem o poder de evitar o surgimento do câncer, mas "previne" que ele se torne muito avançado. Para se ter uma ideia, um tumor deve ter mais de 2,5 a 3 cm para que possa ser palpado. Por outro lado, metade dos tumores detectados por mamografia tem menos de 1 cm. Na prática, isso significa menos quimioterapia, menos radioterapia, cirurgias menores e mais chances de cura. Em mulheres acima dos 40 anos, a realização periódica de mamografia diminui o número de mortes por câncer de mama em aproximadamente 24%.

Apesar de tudo isso, em 2017, eram esperadas 11,5 milhões de mamografias e foram realizadas apenas 2,7 milhões, uma cobertura de 24,1%, bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, metade dos casos são diagnosticados em fase avançada, e tanto o número de casos como o número de mortes estão aumentando. Esta não é a realidade de países desenvolvidos, onde a incidência e a mortalidade estão em queda.

A Sociedade Brasileira de Mastologia e o Colégio Brasileiro de Radiologia recomendam que todas as mulheres entre 40 e 74 anos realizem a mamografia anualmente.

A ultrassonografia aumenta a detecção do câncer em 7 casos a cada 1000 mulheres com mamografia normal, que tenham mamas densas. Mamas densas são mamas "fibrosas", pouco gordurosas, o que diminui um pouco a acurácia do exame de mamografia. Os dois exames devem ser realizados e avaliados de forma conjunta.

A outra opção é a ressonância magnética. Em pacientes com mamas densas ou alto risco familiar, a ressonância aumentou a detecção de câncer em 18 casos por 1000 mulheres com mamografia e ultrassonografia normais. Apesar disto, a ressonância tem algumas desvantagens, como tempo prolongado do exame, posicionamento desconfortável e alto custo. Por isso, tem sido reservada como opção em pacientes de alto risco (história familiar, mutação genética, hiperplasia atípica, entre outros).

Nem sempre que o exame é positivo, acusando alguma anormalidade, é certo que a paciente esteja com câncer. Os exames trabalham com uma margem de segurança, dando positivo para qualquer achado, mesmo benigno. Depois de positivo, são necessários mais exames para realmente diferenciar quem tem de quem não tem câncer. Imagine um grupo de 1000 mulheres, sendo que uma delas tenha câncer de mama. É bastante provável que pelo menos 30 delas tenham alguma alteração na mamografia. Algumas terão que fazer ressonância, algumas terão que fazer biópsia, algumas terão que fazer cirurgia - mas apenas uma delas terá um câncer confirmado. As outras 29 mulheres são o que chamamos de "falso positivo": quando o exame acusa alguma anormalidade, mas não se faz um diagnóstico de câncer. Esta situação é bastante comum, ocorrendo em cerca de 3% dos exames de mamografia, 4% dos exames de ultrassom e 14% dos exames de ressonância. Portanto, diante de um exame alterado, não sofra por antecipação.

O exame virá acompanhado de uma nota chamada "BIRADS", do inglês "Breast Image Report and Data System". A nota reflete o grau de suspeição.

BIRADS 1 - exame sem achados
BIRADS 2 - achados certamente benignos
BIRADS 3 - achado com risco de malignidade de até 2%
BIRADS 4a - risco de malignidade de até 10%
BIRADS 4b - risco de malignidade de até 50%
BIRADS 4c - risco de malignidade de até 95%
BIRADS 5 - risco de malignidade acima de 95%

Se você estiver sentindo algum sintoma como nódulo, pele "avermelhada" ou "repuxada", ou saída espontânea de secreção clara ou sanguinolenta em um dos mamilos, procure o mastologista. Se os exames forem negativos, não detectando nenhuma anormalidade, eles têm 99% de chance de estarem certos. Se os sintomas forem suspeitos, a biópsia do local acometido pode ser realizada mesmo se os exames resultarem normais. 

* por Jordana Bessa, Mastologista - Clínica Humana. CRM-SP 144.252


Leia mais em

1. Mamografia no Brasil: o pior cenário dos últimos cinco anos. 

2. Recomendações do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia para o rastreamento do câncer de mama. 





07/01/2018

Anticoncepcionais e câncer de mama


Anticoncepcionais (pílula, anel, adesivo, injeção e até DIU) associados à câncer de mama


Um grande alarme tomou conta das redes sociais após a publicação de um estudo dinamarquês associando anticoncepcionais a risco aumentado de câncer de mama. Mas a informação não é novidade. Desde 1996, já se sabe que os anticoncepcionais conferem um discreto risco de câncer de mama. Foi o resultado do levantamento de dados de mais de 150 mil mulheres de 25 países, publicado na revista Lancet.

A grande novidade do estudo publicado no New England Journal of Medicine de 7 de dezembro de 2017 é a qualidade superior do estudo. A Dinamarca é um país com medicina centralizada e informatizada, o que permite avaliar tendências de uma maneira organizada. Utilizando dados nacionais, incluíram na análise todas as mulheres do país entre 15 e 49 anos de idade, de janeiro de 1995 a dezembro de 2012 (excluíram apenas aquelas que já tinham tido câncer, trombose ou feito tratamento de infertilidade). Das 1.8 milhão de mulheres incluídas, aquelas que alguma vez já utilizaram algum tipo de anticoncepcional tiveram risco aumentado de câncer de mama.

Quão aumentado foi este risco? Depende do tempo de uso; em média, 20% superior ao risco basal que a mulher já tinha, podendo aumentar 24% se uso por mais de 5 anos e 38% se uso por mais de dez anos.

O risco parece ser aumentado desde o primeiro uso até 5 anos após a interrupção. No entanto, como este estudo seguiu as pacientes por apenas 11 anos, é necessário que os pesquisadores atualizem os dados com mais anos de observação, para confirmar se esta tendência procede.

Suponha, por exemplo, o risco basal de uma mulher de 35 anos de idade, que tenha tido um filho aos 28 anos, que tenha feito uma biópsia por doença benigna da mama, que tenha uma mãe de 62 anos, duas tias maternas saudáveis e uma avó com câncer de mama aos 80 anos. Neste caso, o risco basal é calculado em 2.6% para os próximos dez anos e 31.1% lifetime (em toda a vida). Ao experimentar qualquer anticoncepcional, o risco em dez anos subirá para 3.1% (20% sobre 2.6%). Ainda não se sabe se o uso de anticoncepcional pode impactar o risco lifetime.

É interessante ressaltar que o risco foi aumentado para todos os tipos de anticoncepção hormonal, incluindo pílula, anel, injeção, adesivo e até mesmo o DIU hormonal (no Brasil, Mirena®). Não houve um método que pudesse, com segurança estatística, ser preferido aos demais.

O que fazer, então? Bem, em primeiro lugar, respeitar a verdade dos fatos. Anticoncepcionais hormonais aumentam o risco de câncer de mama - pelo menos por cinco anos. Converse com seu mastologista e calcule seu risco basal. Se o seu risco resultante for alto, talvez seja melhor se abster de anticoncepção hormonal de qualquer tipo. Lembre-se que existem métodos não hormonais. 


Referências
1. Mørch LS, Skovlund CW, Hannaford PC, Iversen L, Fielding S, Lidegaard Ø. Contemporary Hormonal Contraception and the Risk of Breast Cancer. N Engl J Med, 2017.
2. Collaborative Group on Hormonal Factors in Breast Cancer. Breast cancer and hormonal contraceptives: collaborative reanalysis of individual data on 53 297 women with breast cancer and 100 239 women without breast cancer from 54 epidemiological studies. Lancet, 1996.
3. Cuzick J. IBIS Breast Cancer Risk Evaluation Tool.

28/07/2017

Laser de CO2 Fracionado: saiba mais sobre o tratamento mais procurado do momento

Atualmente, é quase impossível tratar sobre o assunto beleza e não associar a nenhum tratamento a laser. No caso do Laser de CO2 Fracionado, que chegou ao Brasil em 2008, nota-se uma evolução expressiva no que se diz respeito a resultados mais rápidos e eficazes. Essa nova geração do Laser CO2 Fracionado permitiu que o procedimento se tornasse referência, sendo considerado um dos melhores tratamentos não cirúrgico para rejuvenescimento.
 
O Laser de CO2 Fracionado é indicado para rejuvenescimento do rosto, pescoço, colo e mãos, atuando no combate de flacidez e rugas. O tratamento é capaz de uniformizar a cor da pele, remover manchas, diminuir poros abertos, atenuar cicatrizes e tratar estrias. Para homens, o Laser de CO2 Fracionado é uma ótima opção, já que esse tipo de público se preocupa muito mais com um rejuvenescimento natural, sem grandes destaques e mudanças na expressão facial.

 
 
Ação do Laser
 
O Laser de CO2 Fracionado provoca uma queimadura na pele, que ao ser cicatrizada naturalmente pelo organismo, estimula a produção de colágeno na região, além de uma retração na pele, causando um efeito distendido. O grande receio das pessoas é que o Laser de CO2 Fracionado atinja a derme (camada mediana da pele), mas o aparelho se concentra apenas na epiderme (camada mais superficial da pele). Por isso, é importante realizar o procedimento com um especialista, já que o laser remove camadas inteiras da pele, e a profundidade é programada pela pessoa responsável.
 
Para um resultado eficaz, deve ser realizado de três a quatro sessões, com um intervalo mínimo de 30 dias entre as mesmas, mas isso pode variar de acordo com os objetivos do paciente. Cada sessão dura de 20 a 30 minutos, totalizando uma hora ao somar o tempo de aplicação dos cremes anestésicos. A anestesia tópica é suficiente para não haver dor. Aplica-se um gel glicerinado, acompanhado de um analgésico oral para que o paciente não sinta nenhum tipo de desconforto, além de proteger os olhos com óculos específicos. Além disso, graças à ponteira de resfriamento do aparelho, é possível tornar o tratamento menos desconfortável.
 
Pós-tratamento
 
Após as primeiras sessões do Laser de CO2 Fracionado a pele pode ficar com uma coloração avermelhada e apresentar certo inchaço, levando cerca de um a três dias para amenizar. Demora até uma semana, em média, para uma boa recuperação do tratamento.

Para que essa recuperação seja bem sucedida são necessários certos cuidados, sendo os principais deles: evitar exposição excessiva ao sol nos 15 dias após aplicar o laser; hidratar a pele corretamente com os produtos indicados pelo médico; aplicar filtro solar com proteção UVA e UVB altas nas áreas tratadas (o produto deve ser utilizado apenas no terceiro dia pós-procedimento); elevar a cabeça com um travesseiro extra à noite para diminuir o edema; e não fumar.
 
O Laser de CO2 Fracionado é um método seguro, eficaz e prático, sendo atualmente um dos mais procurados na clínica. Portanto, se você busca um tratamento para ficar com uma pele viçosa e jovial, sem prejudicar suas atividades diárias, o Laser de CO2 Fracionado foi feito para você!
 
Por Marisa Peloso, CRMSP 48.526, médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica, especialista em Otorrinolaringologia pela Universidade de São Paulo e sócia-proprietária da Clínica Humana.

01/06/2017

Laserterapia



CO2 fracionado, rejuvenescimento, estrias, cicatriz, acne, manchas

Laser de CO2 fracionado:
O laser de CO2 fracionado é único e difere de todos os outros lasers tradicionais (incluindo os lasers mais antigos de CO2). O laser de CO2 Fracionado trata a pele com milhares de micro-pontos de tamanhos e profundidades diferentes, deixando uma boa porção de tecido saudável entre estes pontos tratados. Este Laser é indicado para a revitalização de um novo colágeno e conseqüentemente uma pele mais jovem e saudável. Além disso, a tecnologia fraccionada permite tempo de recuperação muito mais rápido e tratamentos mais seguros. O outro aspecto única do laser de CO2 fracionado é o conforto do paciente e a facilidade do tratamento após a sua aplicação. A anestesia tópica é suficiente para não haver dor. O inchaço dura apenas 2 ou 3 dias, não há exsudação e o tempo de regeneração da pele é de 5 a 6 dias (não semanas ou meses como acontecia com o Laser de CO2 antigo). Este tratamento tornou-se o nosso tratamento de escolha para rejuvenescimento facial tratamento de rugas profundas, flacidez facial acentuada e cicatrizes de acne. Podemos tratar a face, pescoço, colo, braços e mãos. As estrias, tanto recentes como antigas, também apresentam importante melhora com o Laser de CO2 fracionado.


Luz intensa pulsada:
A luz intensa pulsada (lip) reduz as lesões da pele causadas pelo envelhecimento e pelo sol e causa um rejuvenescimento global uniforme da face, colo, pescoço e mãos. A lip emite ondas de luz que permitem atingir vários objetivos simultaneamente, como manchas pigmentadas, linhas de expressão e pêlos, além de estimular a formação do colágeno. A energia da luz atua nas camadas mais profundas da pele, fechando poros e aumentando a luminosidade facial. Lip é um tratamento não agressivo e que pode ser realizado várias vezes no ano, com intervalos de 30 dias. O procedimento é realizado sobre a pele limpa e coberta por um gel frio que permite a transmissão da energia da luz. O tratamento dura de 30 a 45 minutos. não é doloroso e a paciente pode maquiar-se e voltar ao trabalho logo após a aplicação. Os resultados são evidentes logo após a primeira sessão.


Por Marisa Peloso, CRMSP 48.526, médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica, especialista em Otorrinolaringologia pela Universidade de São Paulo e especialista em Laserterapia pela Sociedade Brasileira de Laser.

19/05/2017

Nutrição e fertilidade



Nutrição e Fertilidade, Dra Daniely Catharino, nutricionista Clínica Humana, em Guarulhos


A fertilidade é uma função normal do corpo humano, cujo objetivo é gerar uma nova vida. Na mulher, o mecanismo central é a ovulação, ou seja, a liberação do ovo pelo ovário; no homem, a produção de espermatozoides nos testículos.
Estas ordens são acionadas no sistema nervoso central. Quando o momento não está propício para engravidar (doenças, desnutrição, estresse), o cérebro não dispara a ordem e o casal fica temporariamente infértil.
Portanto, a nutrição adequada é fundamental para que ocorra e ovulação e a produção dos espermatozoides. A seguir, apresentamos alguns dos nutrientes que são pré-requisitos neste processo e onde encontra-los de forma natural.

Vitaminas B6: é encontrada no açúcar mascavo (melaço), vegetais de folhas verdes, carne, vísceras, gérmen de trigo, grãos integrais, fígado bovino; arroz integral, ovos, entre outros. Essa vitamina é uma grande aliada para as mulheres que pretendem engravidar. Sua deficiência pode causar desequilíbrio hormonal, síndrome pré-menstrual, acne pré-menstrual e depressão.

Vitamina E: pode melhorar a motilidade dos espermatozoides. Leva oxigênio para os órgãos sexuais. Ideal uso de 400 UI por dia, podendo ser elevada até 1000 UI.
Também pode ser indicada para prevenir o aborto, desenvolvendo uma parede do útero mais forte e uma placenta mais saudável.
Alimentos fontes de Vitamina E - Germe de trigo, grãos integrais, noz crua, sucos de frutas e vegetais.

Zinco: possui importante papel no desenvolvimento do esperma saudável, além de aumentar a fertilidade masculina e feminina, especialmente quando combinado a vitamina B6.
Alimentos fontes de zinco- carne de peru escura, feijões, leveduras, ostras, carne bovina, entre outros.

Vitamina C: melhora a concentração do número de espermatozoides e a motilidade, além de atuar na função ovariana e no desenvolvimento dos óvulos.
Alimentos fonte de Vitamina C- laranja, limão, couve-flor, tomate, acerola, goiaba e outros.

Selênio: a maior parte do selênio encontrado no corpo dos homens está no sêmen. Esse mineral melhora a produção de espermatozoides saudáveis. Sua deficiência foi relacionada à infertilidade feminina e masculina.
Alimentos fontes de Selênio - Grãos integrais e ovos são as melhores fontes.

Vitamina A: a deficiência dessa vitamina pode levar a degeneração e queda do número de espermatozoides.
Alimentos fontes de Vitamina A- cenoura, batata-doce, ervilhas, couve-flor, espinafre, óleo de fígado de bacalhau, mamão, entre outros.
Alfafa: Contém grande quantidade de beta-caroteno, o precursor da vitamina A. Comer alfafa pode suprir a carência de alguns nutrientes que podem estar faltando em uma dieta.

Ginseng: de acordo com artigos do Nutrition News, estudos chineses revelaram que, na mulher, o Ginseng afeta a produção de LH, influenciando no ciclo menstrual e, nos homens, pode estimular a produção de Testosterona.

Tribullus Terrestris: pode ser utilizada no tratamento da infertilidade em mulheres e homens, impotência nos homens e da libido diminuída em ambos os sexos. Nos homens, prolonga a duração da ereção e pode estimular a espermogênese. Pesquisas confirmaram que essa erva aumenta a quantidade e a qualidade dos espermatozoides e os níveis sanguíneos de LH, um hormônio importante na regulação da testosterona. Nas mulheres exerce um efeito de estimulação da ovulação e atenua manifestações da menopausa.


FATORES QUE PODEM PREJUDICAR A FERTILIDADE

- Desequilíbrios Hormonais: o desequilíbrio hormonal é causa e ao mesmo tempo consequência de anovulação. O exemplo mais frequente é a síndrome dos ovários policísticos. O ovário policístico, por diversas outras causas, como resistência a insulina, deficiências nutricionais ou alergias alimentares, não ovula. É necessário realizar um amplo painel laboratorial hormonal e corrigir as causas encontradas, para que o ovário volte a ovular normalmente a intervalos regulares.

- Doenças Sexualmente Transmissíveis: um grupo de doenças infecciosas transmitidas principalmente através de relações sexuais, que podem agredir o corpo humano nas regiões genital, anal, oral e ocular, e em alguns casos, podem também se estender para outros órgãos. Afetam tanto as mulheres quanto os homens. São responsáveis por 25% das causas de infertilidade: 15% para as mulheres e 10% para os homens.

- Tabaco: o tabaco contém diversas substâncias prejudiciais e tóxicas. Fumar ou mesmo inalar o fumo é prejudicial para a fertilidade não somente nas mulheres, mas nos homens também. Nas mulheres, o cigarro pode desregular o ciclo menstrual e pode afetar o sistema reprodutivo inteiro, prejudica a qualidade dos óvulos e pode levar à antecipação da menopausa, já no homem o tabaco pode causar problemas na composição do sêmen.

- Álcool: o consumo do álcool afeta a fertilidade em homens e em mulheres. Pode causar o movimento lento do esperma e às vezes mesmo diminuir a contagem de esperma.

- Estresse: nos homens, o estresse interfere na produção de espermatozoides anormais; nas mulheres prejudica a produção de hormônios no sistema nervoso central que ordenam a ovulação. A cafeína em excesso provoca o aceleramento do sistema nervoso simpático, aumentando assim a ansiedade.


DICAS
Boca fechada: Na época de ovulação evite comer muito carboidrato, doces e carne vermelha, para não criar acidez vaginal excessiva, o que pode “matar" o espermatozoide. O ideal é se alimentar de alimentos crus; verduras, legumes e frutas.
Substitua carboidratos simples por complexos, que metabolizam o açúcar de forma mais lenta. Comer inhame ajuda a fortalecer os orgãos reprodutivos!
Em vez de pão branco, use o integral; menos carne vermelha e mais peixe.
Estas são substituições que podem ser feitas tranquilamente no dia-a-dia e que ajudam a reduzir em até 80% a infertilidade causada por problemas ovulatórios.


Artigo escrito pela Dra. Daniely Catharino Tooley, CRN3/6794, nutricionista na Clínica Humana