O que leva
uma pessoa a cometer o suicídio é principalmente a dor de viver. Ela não
suporta a angústia de viver com essa dor. No fundo, as
pessoas não querem se matar, elas querem evitar a dor. O que move
as pessoas nessa direção não é a morte, mas a própria vida, não suportar viver
com sofrimento e dor.
Em 90% dos
casos, os suicídios estão associados a patologias de ordem mental e são
diagnosticáveis e tratáveis. Os problemas
mentais mais associados ao suicídio são transtornos de humor (depressão),
dependência de álcool e outras drogas (lícitas ou ilícitas), esquizofrenia e
transtorno de personalidade.
É importante
buscar serviços de saúde mental (psiquiatra e psicólogo), linhas telefônicas de
ajuda, como o Centro de Valorização da Vida (CVV). Além disso, o acolhimento é fundamental. É preciso saber ouvir. Poder escutar quem o procura
nessa situação. E isso não vale apenas para o profissional de saúde. Todos os
que estiverem por perto devem permitir que a pessoa fale de sua dor, expresse o
seu sofrimento sem ser julgado.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é caso de saúde pública. Sendo assim, a sociedade precisa ser informada. O suicídio precisa deixar de ser um tabu, um assunto invisível, ausente, sobre o qual preferimos não falar.
Escrito pela psiquiatra Dra. Katia Yoza.
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