Depressão é um dos transtornos mentais mais comuns e acomete cerca de 10% dos brasileiros. Os sintomas mais frequentes deste transtorno são uma sensação de tristeza constante e a perda do prazer na realização de atividades que antes eram prazerosas.
Estes sintomas habitualmente são acompanhados (uma grande redução do apetite ou aumento do apetite, causando grandes variações no peso do paciente em pouco tempo), insônia ou sonolência exagerada, perda de energia e dificuldade para realizar tarefas cotidianas, dificuldades para pensar e tomar decisões, sentimentos de impotência ou culpa e, em casos mais graves, pensamentos sobre suicídio e tentativas de suicídio.
A depressão pode surgir em qualquer idade, da infância à velhice, porém é mais frequente que o primeiro episódio aconteça no decorrer da terceira década de vida (entre os 20 e os 30 anos de idade) ou por volta dos 60 anos de idade.
A maior parte dos pacientes apresenta apenas um episódio de depressão e, uma vez instituído o tratamento adequado, apresenta remissão completa dos sintomas.
Algumas pessoas podem apresentar um segundo episódio depressivo em um período de meses a anos após a melhora dos sintomas e um contingente ainda menor apresentará diversos episódios ao longo da vida.
Apesar de a tristeza ser um dos sintomas mais comuns de depressão e de pessoas tristes se descreverem como deprimidas, é importante diferenciar estes dois termos. A tristeza é um sentimento comum e que pode acometer qualquer pessoa em razão da perda de um ente querido, que termine um relacionamento ou que tenha um projeto pessoal frustrado. Este sentimento, entretanto, é passageiro e costuma se abrandar com o tempo.
A depressão pode acontecer com ou sem um evento estressante anterior e perdura por longos períodos, sendo necessárias, no mínimo, duas semanas de ocorrência contínua dos sintomas para que seja considerado este diagnóstico.
Diversos fatores são responsáveis pelo surgimento de um episódio de
depressão, como alterações em neurotransmissores (substâncias químicas
responsáveis pela comunicação entre os neurônios – as células do
cérebro), fatores genéticos, traços de personalidade e fatores
ambientais.
Por
Katia Yoza, CRMSP 90.521, médica graduada pela Faculdade de Medicina de
Marília e pós-graduada pela Universidade Federal de São Paulo.
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